terça-feira, 14 de abril de 2015

cá em casa #3 - o banho!

O banho é um momento muito importante na rotina dos mais pequenos e deve ter-se isto em conta desde cedo. Além do objectivo primeiro, de higiene, o banho está muito associada àquela que é denominada de "higiene do sono" dos bebés e crianças (um conjunto de práticas e rotinas que visam proporcionar ao bebé/criança um sono de qualidade).

Nos primeiros dias, o banho era um momento algo stressante: os preparativos, despi-la, segurá-la correctamente, conseguir dar-lhe banho sem demorar muito tempo, secá-la, vesti-la... Não só não tínhamos a prática como ela também ainda não estava habituada a este momento e chorava. 

Agora que já está completamente na nossa rotina, o banho acaba por ser um momento agradável. Ela já gosta e fica muito relaxada a seguir. 


Então e como é o banho? Nós damos o banho no quarto, em cima da cama. Embora não seja a melhor opção para as nossas costas, consideramos ser a mais confortável para ela. Colocamos a água na casa-de-banho e levamos a banheira para o quarto, evitando que ela sinta as diferenças de temperatura entre divisões. Em cima da cama, porque optámos por esta banheira que se dobra e arruma facilmente, em detrimento de outras com pés/trocador de fraldas incluído. Acredito que essas sejam mais carinhosas com as costas e postura, mas também ocupam mais espaço. Outro motivo pelo qual preferimos dar o banho em cima da cama tem que ver com a segurança: quando ela sai do banho tem a toalha logo ali ao lado e, está a uma altura mais baixa, o que nos deixa mais tranquilos em relação a eventuais acidentes.

Esta banheira tem ainda a vantagem de ser fácil de transportar quando se vai de férias. 



Não dispensamos o termómetro, para medir a temperatura da água (este mede também a do ambiente) e os produtos de banho que nos conquistaram assim que os experimentámos. São suaves para a pele deles, têm um cheirinho agradável, foram aconselhados pela pediatra e na farmácia e duram... 





O banho começa pela carinha, mãos, pescoço, braços, pernas, peito e rabinho. No final, e porque foi assim que nos ensinaram na maternidade, lavamos a cabeça, evitando que fique com a cabeça fria durante muito tempo.





A parte de sair do banho, secar, pôr creme e vestir é a que ela menos gosta... Desta vez tivemos companhia da Siza, que de cada vez que ela chora vem ver o que se passa.




Banheira Stokke Flexi Bath (a Stokke é uma marca nórdica com imensos produtos cheios de pinta para bebés e crianças. Apostam na segurança, conforto e design! Pode ser comprado à parte um suporte para recém-nascidos, mas não nos entendemos bem com ele). À venda na Pré-Natal e El Corte Inglés. 


- Produtos de banho e corpo da Uriage Bebé. Por aqui não dispensamos o creme lavante, o primeiro leite hidratante e o primeiro champô. Também utilizamos o creme para a muda da fralda, quando não está com nenhuma assadura. Brevemente queremos experimentar o creme de rosto! 

domingo, 5 de abril de 2015

conselho vale o que vale #3 - como escolher o pediatra?

Devo começar por escrever que tenho uma relação de amor-ódio com médicos. Não tem que ver com ter medo de ir ou não gostar de ir, tem que ver com ter zero tolerância a médicos sem vocação e pouco competentes. É daquelas profissões em que sou (mais) exigente para quem está do outro lado e, infelizmente, já me deparei com situações pouco felizes, o que me deixa de pé atrás à partida. Por outro lado, quando um médico bom me aparece pela frente, recomendo-o a toda a gente.

Bem, isto para explicar que o processo de escolha do pediatra começou cedo na gravidez, com pesquisa, perguntas, telefonemas. Se para mim quero o melhor possível, para a minha filha muito mais. 

Assim, deixo-vos uma lista de aspectos a ter em conta no processo e escolha do pediatra:

- comecem a vossa demanda ainda durante a gravidez, a partir do terceiro trimestre, pois nem sempre é fácil encontrar algum pediatra que nos pareça bom e conciliar essa opção com as disponibilidades de marcação. 

- comece a fazer uma short-list com alguns nomes/opções: peça a familiares, amigos e colegas nomes de pediatras de referência; faça uma pesquisa dos pediatras que dão consultas num hospital/clínica/consultório da sua confiança/proximidade. 

- depois de ter esta lista de pelo menos seis nomes sugiro que façam o que eu fiz: pesquisem na internet pelo nome do pediatra (ex: "Manuel Silva pediatra"). Queremos ter acesso ao seu CV (normalmente disponível nas páginas dos hospitais privados) e queremos saber que experiência tem e qual a sua especialização dentro da Pediatria (isto pode dar jeito no futuro se detectarmos algum problema relacionado com o sono, a alimentação, o desenvolvimento cognitivo, por exemplo.) Neste ponto em concreto, de análise do CV do pediatra, sugiro que tenha preferência por aqueles que estão ou já estiveram em hospitais públicos (passam-lhes muitos casos pelas mãos). 

- após o CV, andar pela internet a pesquisar pelo nome do pediatra dá jeito para se ir parar a fóruns onde há mães a dar a sua opinião e/ou a relatar experiências que tiveram com esses médicos. Obviamente que neste ponto há uma grande dose de subjectividade, sorte e azar (as pessoas são diferentes, têm percepções diferentes e os médicos podem ter dias melhores e outros piores). No entanto, há dicas que podem valer a pena, como mães a referir que já foram ao mesmo pediatra mas em locais diferentes e que o atendimento muda conforme o sítio, por exemplo. 

- neste ponto a lista já deve estar mais pequena. O passo seguinte é saber preços e acordos com entidades e seguradoras. A má notícia é que normalmente aqueles pediatras de renome não têm acordos ou já não aceitam primeiras consultas. É aqui que a lista se reduz ainda mais.

- o próximo passo é tentar marcar consulta (idealmente nos primeiros 7/15 dias de vida - a não ser que seja necessário ir antes). Se for um pediatra sem agenda e quiser mesmo esse, tente falar com a secretária/assistente e insistir, por vezes resulta. 

- a consulta em si é um dos momentos mais importantes na escolha: há ou não empatia (diferente de simpatia, atenção), inspira-nos confiança, parece-nos cuidadoso, atento e competente, dá o seu contacto, responde às nossas questões... A primeira pediatra a que fomos foi fruto dessa selecção que andei a fazer e acabámos por mudar. Ela tem um bom CV, foi simpática, mas... faltou qualquer coisa. Além disso, a consulta era num hospital onde estão imensos miúdos, muita confusão. Mudámos para outra e estamos satisfeitos, a consulta é mais perto de casa e o hospital mais tranquilo. A primeira era mais nova, mais descontraída, esta segunda é "da velha guarda" já com netos. Isto leva-nos ao ponto seguinte.


- a meu ver os pediatras podem ser divididos em dois grupos: os mais novos, mais frescos e normalmente mais acessíveis, de trato mais fácil; e os pediatras mais velhos, mais maduros, normalmente já avôs, pertencentes a uma geração anterior e com uma postura geralmente mais reservada, calma. A minha primeira opção foi para alguém do primeiro grupo e a segunda para alguém do segundo e identifico-me mais com este tipo de pediatras. Transmitem-me mais segurança. Isto depende de cada um, da nossa forma de ser e do tipo de pessoas com quem geramos empatia. Tentem perceber o que preferem. 

- se não gostam do pediatra, não tenham problemas em mudar. Insistir numa relação médica quando não há empatia e/ou confiança não nos traz nada de bom. Deixa-nos melindrados, desconfiados, inseguros, com receio de fazer perguntas e de expor as situações. Quem perde são os nossos filhos. Antes de mudar, certifiquem-se que têm convosco a informação necessária para passar a um novo pediatra. 

- evitem mudar de pediatra muitas vezes (depois de assentarem). A mudança recorrente afecta a qualidade do acompanhamento médico na medida em que obriga os médicos a começar "do zero", fazer as perguntas da praxe, os exames rotineiros, não dando tempo a que algumas questões sejam aprofundadas e respectivos diagnósticos, despistes. 

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